segunda-feira, 23 de julho de 2012

Grajaú - A escravidão mora lá (reprodução de matéria do blog do Ebnilson)



 Segue a reprodução de matéria sobre o trabalho escravo de militares na cidade de Grajaú-MA.

Em tempo de política os militares pagam o preço.

Na cidade de Grajaú uma das cidades mais antigas do Maranhão, que inclusive já fora sede do Comando Geral da PM-MA no século XIX, reina um total descaso com a Segurança Pública, principalmente com os militares daquela cidade. 

Recebemos diversas denuncias dos militares da região e da Associação de Barra do Corda concernente ao assunto. A denúncia dar-se por conta de uma escala exorbitante por parte do comando local. Segundo as denuncias as escalas que eram de 24/48 foram reduzidas de 24/36, em virtude da exposição agropecuária de Grajaú (EXPOAGRA). 

É notório que em todos os eventos desse porte, sempre anda acontecendo as mesmas práticas por parte dos comandantes locais, porém em Imperatriz a realidade mudou pelo menos no ano passado. O fato aconteceu por conta da exposição agropecuária de Imperatriz, a associação de Imperatriz entrou com uma ação na justiça e ganhou o direito de os militares não fazerem o policiamento interno do evento. Todo mundo sabe que esses eventos são privados e não é de competências do Estado, portanto essas práticas abusivas continuam persistindo, sempre em desfavor dos militares. 

Na verdade são coisas que não dá para digeri-las, vejam bem: a EXPOAGRA é um evento particular, portanto compete aos seus organizadores providenciarem a segurança privada do local e não essa responsabilidade ser transferidas para os policiais militares que é quem paga o pato. Por que a única coisa que a militar ganha é um lanche para forrar sua barriga, mas a sua mente está estafada pelo desrespeito e indignação.

Recentemente o Comandante Geral da PMMA publicou uma portaria disciplina esses serviços extras(vê matéria conciliação, esse foi o tom das associações militares do maranhão) a portaria proibia qualquer serviço extra, excetuado aqueles de extrema necessidade, afinal o que há de extraordinário numa exposição agropecuária, a não ser a dinheirama negociada entre os expositores. Não se justifica uma convocação extraordinária em eventos privados, afinal os militares são burros de cargas?
Não se pode tratar mais os profissionais de segurança como objetos de manipulação nas mãos de comandantes a serviço dos interesses comerciais.

O mais grave ainda é que as denuncias vem recheada de ameaças, segundo os internautas da região, há uma escala na cidade de Arame no qual o militar passa 15 dias de serviço ininterruptos e quando chegar folga um dia e no outro já entra de serviço, é companheiros os chicotes da escravidão ficou nos lombos dos militares, de acordo com os denunciantes que reclamar das escalas vai ser desterrado para Amare curtir seus 15 dias de penitência. Pedimos ao Comando Geral da PMMA que veja essa situação, por que os militares estão clamando por justiça e uma escala digna em Grajaú. Vejam um trecho do comentário não publicado.

“Rapaz aqui em Grajaú-Ma o serviço está quase escravo, sem folga, sugado, e ainda tem redução de 24x48 para 24x36 tempo de EXPOAGRA, e ai Cb Ebnilson faça uma reportagem sobre isso por favor estamos sem quem recorrer e se for se manifestar ainda vai passar 15 dias na cidade de Arame sem folga alguma, serviço escravo os praças de Grajaú- Ma pedem socorro AJUDEM-NOS”. [Policial Militar desesperado]
Informamos que o espaço está aberto para o comandante de Grajaú caso queira se manifestar com relação aos fatos.


CB Ebnilson Carvalho


Meu Comentário: Ao meu ver está sendo cometido claramente aí o crime de prevaricação, dentre outros que um bom profissional de Direito pode bem identificar. Está claro que o importante não é o material humano, pois geralmente sempre há dinheiro por traz dessas investidas ilegais no uso da segurança pública em eventos particulares, não posso confirmar que isso esteja ocorrendo em Grajaú, mas para isso existe o ministério público. Infelizmente não sei porque ocorre esse descaso nas cidades do Maranhão, são prefeituras de forma escancarada desviando verbas municipais, a PMMA uma instituição pública estadual praticando trabalho escravo através da prevaricação de seus gestores de unidades e o ministério público omisso a isso. Onde estão as instituições de direitos humanos? Quais os critérios para que por vocês se possa ser assistido? Se querem combater a violência e o abuso nos serviços policiais, combatam o mal pela raiz. Os militares não entendem porque o Estado os treinam com técnicas ecanções que incentivam o combate a violência por meio de violência, com canções como "faca na caveira", "beber o sangue do inimigo", ideologias que deturpam sua humanidade, para mais tarde o mesmo Estado se isentar de suas ações o responsabilizando por seus atos como se o serviço policial fosse um trabalho particular.




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