segunda-feira, 23 de julho de 2012

A democracia é o principal foco da primavera árabe?




O ocidente (mais um codinome ao Governo estadunidense) de repente mostra-se empenhado e interessado em estabelecer a democracia no Oriente Médio, consigo adeptos na Europa (em comum interesses econômicos). O capitalismo é um sistema onde  as grandes corporações se tornaram maiores que os governos, por isso o povo deixou de ser prioridade nas políticas internas e externas, o que acaba servindo de pretexto para por em prática a política externa das corporações camufladas de ativismo aos direitos humanos e implantação da democracia.


O Irã já foi uma democracia. Sabiam disso? Imaginem quem a derrubou? Confira no vídeo abaixo e não se esqueçam de ativar a legenda no ícone "cc" na caixa de imagem.


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O Egito era estrategicamente na ditadura de Hosni Mubarack um grande aliado americano, e durante a revolta pela democracia os USA se mantiveram neutros nessa questão. Contrário ao que impõe a Síria e ao Irã, que não são seus aliados e a eles pregam uma mudança de Governo e regime (supostamente democrático). 

Há um problema em instaurar a democracia no Oriente Médio que o ocidente não conta. O sectarismo. Um ponto que está acima das estruturas organizacionais de um Estado (com "E" maiúsculo) nesses países. E acreditem, essas ditaduras é que têm de forma eficiente ou não conseguido estruturar uma forma de Estado nessas nações, ao mesmo tempo que proporcionavam a única forma de proteção as minorias. Um exemplo é a Líbia, com a queda de Muammar Kadafi os cristãos coptas que são minorias naquele país, mesmo sendo de uma etnia diferente da do ex ditador eram protegidas pelo Estado, agora são uma das maiores vítimas de milicias fora de controle que foram armadas pela OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) liderados pelos Estados Unidos, para derrubarem aquele regime. A anistia internacional denunciou que a situação da Líbia está muito pior do que estava antes da queda do regime ditatorial, que os crimes de que aquele regime foram acusados de cometer (tortura, perseguição política e etc) dobraram, junto com a intolerância sectária. Mas foram esquecidas já que os lucrativos contratos das petrolíferas estão a contento.

Um esclarecimento. Quando se fala de sectarismo, se põe em pauta os conflitos étnicos e religiosos daquele povo, um ponto pouco esclarecida para a massiva população ocidental. Então quando se falam de ajudar o povo sírio a derrubar o ditador Bashar Al-Assad, subliminarmente se está tomando como aliado uma determinada etnia, e quando o conflito é étnico-religioso todos os cidadãos acabam se tornando soldados. Os USA estão de forma escancarada derrubando do poder uma etnia que não mais lhe agrada para empossar outra que teoricamente atenda suas estratégias. A segurança do povo nunca foi o interesse, se fosse, as pessoas que ficaram a mercê da violência em países como a Líbia não teriam simplesmente sido esquecidas.

Abaixo um vídeo só para reforçar a ideia de sectarismo.




Temos de lembra-los que a mídia televisiva é a maior força de alienação e ocultação dos interesses de grandes corporações protegidas por governos capitalistas, na hora de barganhar a opinião publica a seu favor. Emissoras estas por exemplo a Rede Globo, que a nível nacional vêm ajudando a sufocar muito bem protestos contra o Governo Federal, criminalizando classes trabalhistas. A mesma que dissemina os interesses e políticas americanas no Brasil.

Exemplo disso ocorreu nas ultimas eleições iranianas. Confira vídeo.




Boa reflexão. 

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