DEU NA REVISTA VEJA: O destino do dinheiro do exterior - estudo apontou quais os melhores estados da federação para receberem investimentos de capitais estrangeiros

Estudo apontou quais os melhores estados da federação para receberem investimentos de capitais estrangeiros nesse momento de crise e períodos que antecedem a copa e as olimpíadas.

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Como era de se esperar, o Maranhão teve uma das piores avaliações, ocupando a antepenúltima colocação.

O estudo foi feito pelo Ranking de Gestão dos Estados Brasileiros, com levantamento e aferição de notas pela Unidade de Inteligência do grupo inglês Economist.

Acompanhe alguns dos principais quesitos avaliados

1 - AMBIENTE POLÍTICO

Nesse item três quesitos foram avaliados: estabilidade política, corrupção e burocracia. A maioria dos estados tem um bom ambiente político. Mas todos precisam reduzir a corrupção e melhorar a qualidade da burocracia para destravar a realização de negócios.

2 - AMBIENTE ECONÔMICO

Quatro indicadores foram abordados: tamanho e crescimento do mercado, renda média e desigualdade de renda. 

3 - INFRAESTRUTURA

A qualidade da rede de telecomunicações, o acesso à internet de alta velocidade e as condições da malha rodoviária foram os pontos considerados nessa avaliação (a unidade que mais caiu nesse quesito foi o Maranhão, de 14º para 21º).

4 - REGIME TRIBUTÁRIO E REGULATÓRIO

Foram avaliados neste índice a consistência do sistema tributário e a facilidade para a abertura de empresas (em média se gastam 119 dias para se abrir uma empresa no Brasil, nos EUA por exemplo se gastam 9). Com raras exceções, as regras dos impostos são complexas, instáveis e onerosas, o que representa uma das principais dificuldades para os negócios.

5 - RECURSOS HUMANOS

Os tópicos avaliados foram oferta de mão de obra especializada, produtividade dos trabalhadores e número de graduados em universidades. Das 27 unidades, apenas 8 apresentam bom desempenho, o que evidencia a necessidade de melhorias na qualidade de ensino (o Maranhão teve sua classificação taxada como ruim).

6 - POLÍTICAS PARA INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS

Foram levados em conta os incentivos para o investimento e as políticas para o capital estrangeiro. Minas, Rio de Janeiro, São Paulo e Rio Grande do Sul têm eficientes agências de promoção e estão preparadas para se beneficiar da expansão nos investimentos estrangeiros (dentre as atribuições de desemprenho: excelente, muito bom, bom, moderado e ruim, o Maranhão foi classificado como moderado).

7- INOVAÇÃO

O levantamento observou os gastos dos setores público e privado em desenvolvimento, os incentivos fiscais para a pesquisa e número de pedido de patentes (somente os ambientes de inovação de São Paulo e do Rio de Janeiro receberam boas notas - o Maranhão foi classificado como ruim).

8 - SUSTENTABILIDADE

Foram avaliados a estratégia ambiental do estado, os incentivos fiscais para a sustentabilidade, a fiscalização e a qualidade da legislação (moderado foi a classificação do Maranhão nesse quesito).

Veja na imagem abaixo a classificação final do Maranhão como candidato a receber capital estrangeiros em investimentos.

Fica mais do que claro que o sistema de capitânia hereditária não se aplica mais com eficiência aqui no Maranhão em pleno século XXI. Observem também a colocação do Amapá, estado que vive sob influência direta da mesma oligarquia que aqui prevalece.

A revista veja ainda faz a seguinte declaração: "Nesse cenário turvo, alguns estados conseguem ser ainda piores. É o caso do Maranhão, que deixou de receber um investimento de uma das maiores fábricas de papel do mundo em decorrência da vergonhosa deficiência na infraestrutura e da dificuldade no registro da terra - era só a empresa interessar-se por uma área que quatro ou cinco proprietários apareciam com escrituras diferentes".

Fonte: VEJA