A condenação e fuga do fundador do Wikileaks

 Quero comentar aqui sobre o caso Julian Assange, australiano de 40 anos de idade, fundador do wikileaks (site especializado em vazar informações), e ciberativista.

Em 28 de novembro de 2010, o wikileaks e seus parceiros começaram a vazar documentos, correspondências de embaixadas americanas em diversos países do mundo, documentos esses que foram vazados do Pentágono (Sede da defesa americana) por um militar americano que os entregou a Assange. Esses documentos são surpreendentemente reveladores até os dias de hoje, pois revelaram e ainda revelam o lado mais sujo dos EUA em suas estrategias políticas e de guerra (importantes revelações vieram a tona sobre as guerras no Afeganistão e no Iraque).

Situações que ocorrem nos dias de hoje, exemplo a crise na Síria. Um dos telegramas vazados mostrava que os EUA estavam oferecendo ajuda para financiar a oposição Síria. E o que vemos hoje em dia é uma situação de guerra civil com combates violentos e o uso de armas de grande poder de destruição (usadas por oposição e governo) onde morrem diariamente em média 40 pessoas por dia, e somam um total de cerca de um pouco mais de 15.000 mortes desde o início do conflito.

Vídeo que mostrava as forças americanas metralhando uma van que transportava crianças também veio a tona, o veículo pára para prestar ajuda a um ferido por ataque militar e foi alvejado. Os EUA dizem que as crianças não morreram, porém acho muito difícil alguém ter escapado vivo. Confira o vídeo logo abaixo.

Por conta dessas e outras informações vazadas, sejam elas vídeos ou telegramas de embaixadas, estava claro que a diplomacia americana rapidamente se abalava. E não demorou muito até que surgisse uma conveniente denuncia de abuso sexual na Suécia. Onde Julian Assange era denunciado por crimes sexuais. Nesse país nórdico as leis para esse tipo de crime são bem rígidas, inclusive as que o caracterizam. E foi quando veio aos telejornais a informação de que o ciberativista havia mantido relações com duas mulheres sem o uso de preservativos, ficava claro para o mundo a investida do governo americano.

Procurado pela Policia Internacional (Interpol), Assange foi preso no Reino Unido. Nessas ultimas semanas se esgotaram todos os seus recursos e foi determinada sua extradição para a Suécia, de onde seria mais um passo até ser extraditado para os EUA. No último dia 19 o site de noticias Opera Mundi publicou a informação de que o australiana havia fugido da prisão domiciliar a qual estava submetido e se refugiou na embaixada Equatoriana em Londres, onde pediu asilo. O presidente do Equador Rafael Correa, que por sinal é um dos grande opositores ao governo americana, recebeu o ciberativista e submeteu o pedido a análise.

Hoje no site Noticias Terra, foi comentado sobre uma carta escrita em plataforma digital, que grandes celebridades como Michael Moore, Oliver Stone, e Danny Glover; as escritoras Naomi Wolf e Jemima Khan, e o intelectual Noam Chomsky, juntamente com mais 5 mil pessoas pedindo para que Rafael Correa conceda asilo a Julian Assange.

Confesso que isso é o que também espero do governo equatoriano.